Crise chega áo Pólo Norte.

A recessão económica já está a ter os seus reflexos no Pólo Norte. A época natalicia já chegou em força, e naquela região do planeta (pelo menos para as crianças e crentes) é a altura em que mais se trabalha nas oficinas do S.Klaus e os seus anões amestrados.

Com a escassez de matéria prima e com a crise a agravar a situação, Klaus, quase na falência viu-se obrigado a fazer pela vida.

Agora a crise chega também do Pólo Norte. No outro dia avistei e consegui mesmo tirar uma foto da situação caricata. S.Klaus e companhia, todos vestidos de iguais e encapuzados, assaltam um estabelecimento comercial em plena luz do dia.

Como a imagem o documenta, S.Klaus está visivelmente no centro da varanda a comandar as operações, enquanto os seus companheiros escalam e invadem a loja.

A situação está de tal maneira grave, que cada vez mais se vêm os ajudantes de S.Klaus a trabalharem individualmente. Já são muitos os que hajem por conta própria sem aguardar por ordens superiores, e estão a alastrar-se pelo país inteiro.

Muito provavélmente se forem as vossas janelas hão-de ver alguns destes pequenos sacanas a escalar pela janela de um vizinho. Enfim... praga.

Já Bufa !

Não dava grandes sinais de vida, mas após umas boas horas ligada a um carregador de baterias e com alguma insistência, eis que acordou e roncou como dantes.

Ahhhh! Nada como ouvir o rugir do escape, que curiosamente ostenta o nome de ''Silent Run'', o bater dos cilindros, o barulho do motor quase a se ir abaixo e o cheiro da gasolina mal queimada.

Não tentei sequer sentar-me nela, mas deixei-a a trabalhar um pouco e dei-lhe umas ''gazadas'', a velha desculpa de tirar o carvão, mas a única coisa que realmente saiu, foi óleo... E logo contra a parede.

A arte de bem se pronunciar

Já não é a primeira, nem a segunda... esperem, afinal é mesmo a segunda. Ontem, pela segunda vez num espaço de um mês (+/-), que consigo assistir de perto a algumas das operações da divisão de transito da PSP, e ver o seu "modos operandi".

Há coisa de um mês, ia no carro da minha mulher, quando ao passar por um viaduto (que por acaso até estava em obras e só tinha uma faixa para cada lado, e separadas por uma divisória de betão) nos deparamos com um carro da PSP vindo de frente e em contra-mão. Tudo bem que até estava com as luzes de emergência e sirene ligada, mas o nosso carro já estava por debaixo do viaduto, e fazer marcha atrás não era a opção mais rápida nem a mais viavél.
Acelaramos para sair do viaduto e para ceder então a passagem, quando se começa a ouvir ao megafone da viatura um incentivo prático para nos despacharmos, algo como: "Tira o carro daí..." "Anda com essa me#%a". Está bem que o carro era um Classe A, mas daí a ser classificado como bosta não acho que seja justo.
Mais 2 ou 3 segundos volvidos e conseguimos encostar o carro à saida do viaduto e ceder então a passagem, na mesma altura em que olhei para o carro da PSP e eis senão quando se ouve um rotundo e bem pronunciado e "Fo#a-se...", muito bem acompanhado de olhar ameaçador.
Foi mais o espanto que a indignação.
Ontem foi quase a mesma coisa, mas não foi comigo e a viatura era um reboque da PSP.
Quando um carro ao querer entrar na 2ª circular, decide querer entrar na corrente do trânsito antes da faixa de aceleração terminar, seria normal de se esperar ouvir algumas buzinadelas e/ou alguns desabafos em alta voz dos comuns dos mortais.
Ao invés, foi do reboque que se ouviu a "indignação", não com uma buzinadela merecida, mas com uma perola de português: "Anda com essa me#$a, cara##o...". Uma vez mais a última palavra foi maravilhosamente bem pronunciada.

Com uma imagem cada vez mais denegrida, não acho que seja por aqui que se vai a algum lado que não seja a mais descrença.

"Ai Costa, a vida Costa..."

Saudosismo

E aí está ela! Depois de mais de um ano sem a ver, eis que finalmente a fui buscar ao seu local de repouso. Esteve ''aprisionada'' numa garagem qualquer durante este tempo todo. Ao pessoal do Stand Alex, o meu obrigado por a terem guardado por quase um ano e por se protificarem a leva-la para casa. Quem sabe o que se passou no dia 31 de outubro de 2007, por volta das 9.20h da manhã, é normal que seria de esperar vê-la partida, arranhada e torcida, mas eis que essa não é a realidade.
Está realmente arranhada e com umas peças partidas, mas tendo em conta a idade da mota e do que se conta do acidente, só precisa de uma tampa do carter do motor para poder andar sem preocupações. Tampa do carter, peso punho e manete do lado esquerdo, ''cogumelo'' do lado esquerdo, retrovisor do lado direito, piscas e algumas arranhadelas no motor, pedais e carenagem... e é tudo o que tem para contar.
Eu ganhei-a aos pontos, 5 fracturas, algumas lesões, 1 ano parado, etc etc... E de certeza que levei mais parafusos do que ela vai precisar para ficar apta a circular.
Já não se fazem gaijos como antigamente. :)